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Este BLOG foi criado para publicar meus devaneios, idiossincrasias, quimeras, sonhos, paixões, gostos e desgostos, desapontamentos e esperanças, além de compartilhar com meus amigos, o que espero fazer ainda na vida, antes que "embarque na grande viagem".
Bem-vindo ao meu BLOG.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Curso de aproveitamento do mel começa nesta segunda em Sorriso
Começa nesta segunda-feira (30) um curso de aproveitamento múltiplo do mel, em Sorriso. O curso vai até o dia 31 de agosto e as aulas serão das 14h30 às 17h30 e das 19h às 22h, na Rua Marechal Cândido Rondon, 2255.
O curso é destinado à apicultores, estudantes, donas de casa, padeiros, doceiros, buffet e os demais interessados. O investimento é de R$ 20 por participante. As vagas são limitadas. O curso será ministrado pela professora Natanagilda Celina Almeida Castrillon.
Depois de esclarecer os nutrientes do mel, os alunos vão aprender receitas doces e salgadas com subprodutos do mel como bolo de mel, pão de mel, cordeiro de mel, bombom de mel, porco com mel, entre outras iguarias.
Outras informações: (66) 3544 1677 e Sebrae de Sinop (66) 3531 5222.
domingo, 22 de agosto de 2010
MELIPONICULTURA
Meliponicultura é a atividade de criação racional de abelhas sem ferrão (Meliponíneos). Embora existam centenas de espécies no Brasil, as principais abelhas indígenas, conhecidas como sem ferrão, são a uruçu verdadeira, uruçu amarela, jataí, mandaçaia e tiuba amarela. O mel das abelhas sem ferrão é saboroso, diferenciado e reconhecido por suas importantes propriedades funcionais sobre a saúde humana. Através do trabalho de pesquisadores pioneiros, cada vez mais a meliponicultura vem sendo reconhecida como uma atividade capaz de fornecer uma significativa agregação de renda para diversas comunidades no país. Nesta seção estaremos explorando e divulgando conhecimentos atualizados neste tema, estimulando o crescimento e o sucesso da comunidade de meliponicultores brasileiros.
Para saber mais:
http://www.cpatu.embrapa.br/meliponicultura/
http://www.meliponicultura.com.br
http://www.webbee.org.br/
http://br.groups.yahoo.com/group/abena
Guia Ilustrado das Abelhas Sem Ferrão de SP
http://www.ib.usp.br/beesp/
Abelhas Nativas do Sul do Brasil
http://www.abelhanativasul.ideaplus.com.br/modules/mydownloads/index.php
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
LABORATÓRIO DE PESQUISAS BIOLÓGICAS
Profa. Betina Blochtein
betinabl@pucrs.br
Profa. Isabel Alves dos Santos
Prof. Klaus Hartfelder Bionomia dos Apoidea
Estudo dos processos de polinização por diferentes tipos de abelhas.
Ecologia e evolução dos Apidae
www.pucrs.br
sábado, 21 de agosto de 2010
© SILVIA REGINA DE MENEZES PEDRO |
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Em julho de 1999, Camargo desenha no Rio Negro observado por Menderson Mazucato (de avental branco), ex-técnico da FFCLRP-USP, exímio coletor de abelhas |
Ciência e arte se reuniram por 48 anos na figura discreta de João Maria Franco de Camargo. Amigos, colegas pesquisadores e alunos não sabem o que falava mais alto – se os desenhos que saíam de seu bico de pena com a naturalidade de quem escreve bilhetes ou se o interesse e cuidado com que coletava e nomeava abelhas, seu objeto de estudo. Ele criou uma das melhores e maiores coleções de Meliponini neotropicais (abelhas sem ferrão), grupo no qual era especialista, e descreveu três novos gêneros e 86 espécies em colaboração com outros cientistas ou sozinho. Camargo morreu em setembro em consequência de câncer no pulmão, aos 68 anos, em Ribeirão Preto, onde trabalhava no Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCLRP/USP).
“O professor João Camargo foi o naturalista mais importante de nossa área no Brasil no século XX”, afirma a bióloga Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados da USP e coordenadora de um projeto temático financiado pela FAPESP sobre abelhas Meliponini. Essa qualidade era reconhecida por cientistas que conheceram seu trabalho. “Ele ajudou a colocar Ribeirão Preto na vanguarda dos lugares do mundo onde abelhas, especialmente as sem ferrão, são estudadas, identificadas e onde estudantes e colegas podem ir em busca de ajuda nas pesquisas sobre elas”, escreveu um dos grandes especialistas no tema, Charles Michener, professor emérito da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, em correspondência a João Atílio Jorge e Carlos Alberto Garófalo, da USP, quando soube da morte de Camargo.
■ Vídeo (trecho de aula)
■ Desenhos
■ Fotos
■ O que é a Coleção Camargo
■ Trabalho na Venezuela
■ Perfil biográfico (espanhol)
■ Opinião sobre o pesquisador
■ Lista dos táxons publicados
Esses elogios ganham outro sabor quando se conhece a carreira desse entomólogo, nascido em Anhembi, interior paulista. Em 1961, Warwick Estevam Kerr, então professor de genética na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, abriu concurso para contratar um desenhista para o departamento. “Desenhista é importante para a biologia porque a fotografia não resolve tudo”, diz Kerr, de 87 anos, primeiro diretor científico da FAPESP (1962-1964), atualmente trabalhando como professor colaborador da Universidade Federal de Uberlândia. Camargo prestou concurso aos 20 anos e ganhou em primeiro lugar ao desenhar uma Melipona quadrifasciata (mandaçaia).
© DESENHO DE JOÃO MARIA FRANCO DE CAMARGO |
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Abelhas Centris leprieuri |
O desenhista envolveu-se completamente com o estudo de abelhas e começou a ilustrar os trabalhos dos pesquisadores de Rio Claro e, depois, de Ribeirão Preto, para onde foi em 1965 quando Kerr se mudou para a USP. “Os desenhos melhoravam tanto meus próprios artigos que muitas vezes tive de colocá-lo como coautor, para ser justo”, testemunha o geneticista. “Ele foi especialmente importante numa época em que não havia facilidade para tirar fotografias ao microscópio”, conta Carminda da Cruz Landim, professora titular da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro.
Graças ao espaço aberto por Kerr, João Camargo começou a montar uma coleção de abelhas por ocasião de sua primeira expedição à região de Manaus. Foram os espécimes coletados lá, identificados pelo padre Jesus Santiago Moure – conhecido como um excepcional taxonomista –, que constituíram o embrião da atual coleção, sediada em Ribeirão Preto.
As expedições por todo o país, a coleção de abelhas e a publicação de trabalhos como pesquisador colaborador tornaram Camargo um cientista respeitado, mas sem título acadêmico. Em 1975, porém, ele foi aceito para cursar mestrado em entomologia na Universidade Federal do Paraná (UFPR) com a orientação do padre Moure. Para tanto, foi formada uma comissão que julgou seu currículo e deu a ele o título de graduado em ciências biológicas por equivalência universitária. Mesmo contratado como técnico, sem ter feito curso de graduação, Camargo tornou-se mestre (1978) e doutor (1991). Posteriormente, em 1996, foi admitido como docente na FFCLRP/USP após prestar concurso.
Os desenhos de João Camargo ilustraram capas e miolos de numerosos livros em edições nacionais e internacionais. Em 1972 lançou o Manual de apicultura (Editora Agronômica Ceres), como organizador. Orientou oito mestrados, oito doutorados e dois pós-doutorados e foi visitante na Universidade Federal do Maranhão.
Sua colaboradora mais constante foi Silvia Regina de Menezes Pedro, a quem orientou no doutorado e com quem trabalhou nos últimos 21 anos na USP de Ribeirão. Silvia é hoje quem mais conhece a Coleção Camargo. “O acervo foi sendo ampliado nas viagens e grandes expedições de coleta organizadas por ele, financiadas principalmente pela FAPESP e CNPq, no Brasil e no exterior, com a colaboração de alguns pesquisadores, técnicos e ex-orientandos, além de intercâmbio com museus e outros cientistas”, conta. O acervo total é estimado em 250 mil espécimes de abelhas. Desses, 150 são de Meliponini neotropicais, as abelhas sem ferrão, especialmente da Amazônia. “Trata-se de uma coleção única, em nível mundial, que inclui 800 peças de ninhos.”
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=3988&bd=1&pg=1&lg=
domingo, 15 de agosto de 2010
Mel néctar dos deuses produzido por insetos
sábado, 14 de agosto de 2010
Antídoto para o veneno de abelha
Data : agosto 14th, 2010Categoria : GeralAutor : Larissa Roso
Correio Braziliense
Márcia Neri
Um século após a descoberta da especificidade dos soros antiofídicos pelo sanitarista Vital Brazil, que são responsáveis por evitar a morte de milhares de vítimas picadas por serpentes nos quatro cantos do planeta, o Brasil continua referência em imunologia. Cientistas brasileiros desenvolveram e produziram o primeiro soro contra veneno de abelhas do mundo.Depois dos testes em voluntários, o produto deve chegar aos hospitais em um ano.
O soro, desenvolvido a partir de uma parceria entre o Instituto Butantan, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp),poderá salvar pacientes atacados por enxames. Testes feitos em laboratório provaram que o antídoto neutraliza 90% dos danos à saúde causados pelas ferroadas das abelhas africanizadas, espécie mais comum nas Américas. A novidade chegou em um momento importante.
Em todo o Brasil, os casos de ataques (acima de 50 picadas) e de feridos com risco de morte vêm crescendo e já preocupam o Ministério da Saúde. Dados revelam que em 2008 foram registradas 13 mortes decorrentes de acidentes com abelhas. Em 2009, o número saltou para 50. As serpentes, animais peçonhentos que mais matam, fizeram 106 vítimas no ano passado. Ao contrário do que se imagina, a maioria das investidas dos enxames ocorre na zona urbana. Em 63% dos casos notificados, a vítima é do sexo masculino, com idade que varia de 20 a 49 anos.
A bióloga Keity Souza Santos, responsável pela pesquisa, explica que cientistas de todo o mundo perseguiam o desenvolvimento do soro contra o veneno de abelhas há mais de uma década. Segundo ela, a complexidade da substância venenosa produzida pelos insetos voadores exigiu uma investigação detalhada da composição e do mecanismo de ação da peçonha.
— O veneno em si é conhecido há muito tempo. O desafio foi identificar todas as proteínas presentes no composto, uma mistura com mais de cem componentes. A partir daí, foi possível trabalhar para conseguirmos um soro que neutralizasse o máximo de propriedades tóxicas — explica Keity.
O protocolo desenvolvido por Keity — método usado para a obtenção do soro — já está patenteado. Até agora foram produzidos 80 litros do medicamento. Os cientistas trabalham no terceiro lote do antídoto. Os resultados dos testes do produto serão enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável por validar as provas em laboratório e autorizar o uso em seres humanos. Isto só ocorre depois de a agência testar três lotes do produto.
O processo de produção do soro antiveneno de abelhas é similar ao do antiofídico. Após a identificação das proteínas, o veneno é injetado em cavalos. Os animais desenvolvem anticorpos, que são as moléculas capazes de neutralizar a substância venenosa.
— Quando o teor de anticorpos atinge o nível desejado, retiramos o sangue do animal para a extração do plasma. O soro é obtido a partir da purificação e da concentração desse plasma — define Keity.
As hemácias são devolvidas ao animal por meio da plasmaferese, técnica que reduz os efeitos colaterais provocados pela retirada do sangue e que também foi desenvolvida no Butantan. O antídoto é aplicado na veia do paciente. Cerca de 20 mililitros trazem ao corpo os anticorpos capazes de neutralizar o veneno.
Dependendo da idade e do peso do indivíduo, 30 microgramas de veneno são suficientes para colocar a vida em risco. Cada abelha injeta até dois microgramas da substância no corpo da vítima. Além da dor, se a pessoa não for alérgica, uma ferroada não causará mal algum ao organismo.
— O soro é destinado apenas a indivíduos atacados por um enxame. Nesse caso, a quantidade de veneno é suficiente para lesar rins, fígado e coração, podendo causar a falência múltipla dos órgãos. Atualmente, os acidentados ainda são tratados com drogas e terapias que variam de analgésicos a hemodiálise — acrescenta a pesquisadora.