Seja bem vindo, caro visitante.

Aqui você é livre para opinar, concordar ou discordar, dar sugestões e criticar. Todos tem o direito de expressar suas opiniões, só não esperem que eu concorde, pois o homem é livre para tomar suas decisões, seguir caminhos, pensar e falar ou não o que acha correto, consciente que também pode estar errado.

Este BLOG foi criado para publicar meus devaneios, idiossincrasias, quimeras, sonhos, paixões, gostos e desgostos, desapontamentos e esperanças, além de compartilhar com meus amigos, o que espero fazer ainda na vida, antes que "embarque na grande viagem".


Bem-vindo ao meu BLOG.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ler faz bem.

O brasileiro não tem muito o costume de ler, no entanto uma pesquisa revelou que as coisas estão mudando. A dica é para que os pais comecem a incentivar a leitura desde cedo, pois assim elas despertam a curiosidade, e com o tempo vai adquirindo mais experiência.
A leitura é benéfica em todos os sentidos, é uma das melhores formas de se adquirir conhecimento. É possível aprender a escrever as palavras corretamente, ampliar o seu vocabulário, com novas palavras, além de muitos outros benefícios.
Sempre dizem que quem lê bastante tem mais cultura, e de fato isso realmente é verdade. A pessoa que lê bastante possui mais comunicação, ela vai saber falar mais sobre determinados assuntos, e isso pode ajudar bastante a eliminar a timidez.
A leitura é considerada um mundo de informações, que todos podem ter acesso. É uma forma de “viajar” na imaginação. É uma chance para ter um futuro melhor, um país com mais oportunidades.
A leitura estimula a criatividade, ajuda as pessoas a serem formadoras de opinião, a ter mais visão sobre os assuntos em geral. Resumindo a pessoa só tem a ganhar. Então não perca mais tempo e leia bastante. Incentive a leitura também para os filhos. No futuro, ele só vai agradecer.

quinta-feira, 29 de abril de 2010


Benefícios do mel


O mel é um delicioso alimento, que pode ser usado como um grande aliado á beleza e também a sua saúde. Hoje vamos falar um pouquinho mais de seus benefícios.

O mel pode ser saboreado com muitos alimentos como leite, frutas, iogurte, cereais, entre outros alimentos, ou até mesmo puro. Entre os benefícios do mel podemos destacar substâncias terapêuticas, que ajuda a eliminar o estresse, deixando a pessoa bem calma.

O mel é um grande aliado á gripe, junto com o limão, que pode aliviar os sintomas. Acabando com aquela terrível gripe, dor de garanta, entre outras coisas, ajuda também no tratamento de doenças do coração, problemas pulmonares, anemia, e contribui para um bom funcionamento do organismo.

O mel é um bom agente, e ajuda na cicatrização, e também é considerado um bactericida, anti-séptica. É possível encontrar no mel o Zinco, Manganês, Selênio, Cromo e Alumínio, vitamina B, C, D e E, potássio, fósforo e ferro, que ajuda a repor as energias.

O mel também trás muitos benefícios em relação á beleza. Hoje podemos encontrar no mercado, vários cosméticos á base de mel, como em shampoo, cremes hidratantes, máscaras faciais, sabonetes, condicionadores, entre outros produtos.

No entanto não devemos abusar dessa substância, você pode trocar algumas colheres de açúcar pelo mel. Com certeza você vai notar a diferença. Experimente!
UMA RECEITA PORTUGUESA PARA VOCÊ

MAÇAS ASSADAS COM MEL E VINHO DO PORTO

É daquelas sobremesas que se fazem num abrir e fechar de olhos!
Ás vezes enquanto vemos a novela, lá ficam as maçãs a assar...

Retira-se o engaço (haste ou pedúnculo do fruto), enche-se com açucar e canela em pó e um pau de canela.
Regam-se com mel e vinho do porto. Vão ao forno até ficarem passadinhas e com um molho cremoso.
Neste dia não tinha nozes, porque ficam uma delicia por cima das maçãs, como diz a amiga Luísa Alexandra.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Aula abelha sem ferrão



UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIRÓZ”
DEPT. DE ENTOMOLOGIA E ACAROLOGIA
INSETOS ÚTEIS

ABELHAS SEM FERRÃO

Lorena Andrade Nunes
Luzimario Lima Pereira

Piracicaba-SP
Junho-2009

Figuras inesquecíveis de Mossoró

CHICO BORREGO

Chico Borrego era o fiel motorista do ex-prefeito de Mossoró, Raimundo Soares de Souza, de quem era amigo e compadre. Era uma pessoa bastante querida e bem-vinda nas rodas de amigos em tradicionais bares e restaurantes da cidade. Tinha um espírito que difundia alegria e descontração, sendo admirado por todos que o conheciam.

Em suas peregrinações etílicas eram muitas as piadas que contava. Era um mestre na arte de narrá-las, sua interpretação era digna de um grande humorista. Gostava de contar alguns “causos” que ele dizia ter vivenciado.

Tive o prazer de conhecê-lo e ouvir algumas de suas piadas e “causos”.

Uma certa feita, quando trabalhava no BANDERN, no intervalo para o almoço, passei no conhecido bar de Seu Chiquinho (de saudosa memória), na GRUTA AZUL. Lá estava o protagonista deste relato: Chico Borrego em pessoa, contado das suas. Empolguei-me tanto que quase perdia o horário.

Lembro-me de umas das suas. Contava ele que um amigo havia recomendado comer uma “mão de vaca” (também conhecida como chambaril ou mocotó) que era muito boa para melhorar o desempenho sexual de qualquer um. É bom lembrar que nesta época não havia o famoso Viagra, no máximo era usado o PASUMA (metil-testosterona) que certo gerente do BANDERN usava, para manter sua fama de garanhão.

Dizia Borrego que falou para sua senhora preparar a iguaria e aguardar, ou melhor também, se preparar para uma “folia” como nunca haviam feito.

Depois de comer com avidez e um certo exagero no “tutano” do mocotó, foi acometido de uma indisposição que lá pras bandas de Caraúbas dizia-se que a comida havia “caído na fraqueza”. Foi quando disse para mulher que ia tirar uma soneca e quando acordasse ela se prepara-se para o rebu.

Deitou-se ele numa rede, armada por cima da cama, ficando a sua senhora por baixo, na cama, deitada a sua espera.

Neste ínterim, depois de algum tempo, ele acorda e bate no ombro da mulher para chamar sua atenção. Ela animada pergunta:

- É agora?

Ele responde:

- Que nada mulher! Eu estou é todo cagado.

O remédio deu um revertério deixando-os na mão.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Outras técnicas de manejo

Figura 1. Após a transferência do ninho do oco da árvore para a colmeia, a abertura da caixa para onde ele foi transferido permanece nas proximidades da abertura do ninho original, para atrair as abelhas campeiras
Figura 2. Quando ocorre briga entre abelhas de diferentes colônias, pedaços de cerume são queimados nas proximidades, fazendo com que as abelhas retornem aos seus ninhos. Na foto, pedaço de casca de árvore usado para a queima do cerume (técnica usada pelo sr. Severino da Silva Xavier).

Figura 3. Aspirador de abelhas - auxiliar importante para coletar abelhas jovens que ainda não voam. O aspirador de insetos pode ser preparado em vários modelos diferentes. Um dos tubos de plástico contém uma tela de plástico ou de pano de modo que as abelhas coletadas pelo outro tubo não entrem na boca do indivíduo que faz a sucção.

Divisão de colônias

O método mais comum é a divisão simples de uma só colônia quando esta possui bastante cria e potes de alimento. Todo material é dividido pela metade, tendo o cuidado de resguardar a rainha fecundada numa das colmeias e a cria nascente na outra. Na parte da colônia que não tem rainha fecundada, dos favos vão nascer novas rainhas virgens; uma delas será selecionada pelas companheiras de ninho, será fecundada e iniciará o novo ninho (ver foto de corte em rainha virgem).

Um segundo método, utilizado pelo sr. Ezequiel R. Macedo, é a formação de uma colônia (C) a partir de duas (A e B) (vide figuras abaixo). As colônias A e B são duas colônias fortes e a C é uma colmeia (caixa) vazia. Uma delas doará a cria nascente mais potes de alimento enquanto a outra doará operárias campeiras.

Figura 1. Aspecto da colmeia de umburana utilizada pelo meliponicultor. 1) parte da colmeia articulada destinada aos favos de cria; 2) parte da colmeia onde estarão os potes de alimento; 3) trabiques de madeira que vão separar os potes da tampa da colmeia; 4) tampas parafusadas da colmeia.

Figura 2
Figura 3
Figura 4

A menina das pernas de Basketball, Qian Hongyan

Qian Hongyan , que foi forçado a usar uma bola de basquete como prótese, tem inspirado milhões recentemente com a sua ambição em competir como uma nadadora nas Paraolimpíadas de 2012 em Londres.


Em 2000, Qian Hongyan, foi ferida tragicamente em um acidente de carro quando ela tinha apenas 3 anos de idade. Para assegurar a sua sobrevivência, os médicos foram forçados a amputar suas pernas.

A família de Qian, que vivem em Zhuangxia, China, era incapaz de adquirir próteses modernas e em vez disto usou uma meia bola de basquete. Uma vez na bola, ela usa dois adereços de madeira para ajudá-la a se movimentar.



Ela lutou para viver sua vida com uma bola de basquete para 'caminhar' entre a escola e a casa por ela mesma. a história desta menina é amplamente divulgada no país, e chamou a atenção do Ministério da Segurança Pública e Reabilitação China Research Center.

Qian Hongyan experimenta seus novos membros artificiais para a reabilitação no Pequim Center, em Pequim, China, na sexta-feira 16 mar 2007 .



Qian agora tem um bom par de próteses de pernas, mas ainda diz que gosta de usar a bola de vez em quando porque é mais fácil para ela entrar e sair da piscina.





Qian Hongyan , também conhecida como a menina de Basquete, se juntou ao clube em 06 de agosto para aprender a nadar e sonha em competir nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.


Aos dez anos de idade, Qian se esforça em treinamentos de força física no Sul do Clouds Swimming Club em 02 de setembro de 2007 em Kunming da província de Yunnan , na China.

Qian nada cerca de 2000 metros por dia e treina muito duro.

"Qian Hongyan estuda com rígidez. Ela nunca desanima nos treinamentos, embora tenha encontrado muitas dificuldades no início ", disse seu treinador.






O instrutor luta com as dificuldades de uma menina de 10 anos. Qian Hongyan durante uma sessão de treino de natação no Sul do Clouds Swimming Club em 02 de setembro, 2007, em Kunming da província de Yunnan, na China.

Ela olha para aprender com os companheiros que treinam nas águas no Sul do Clouds Swimming Club

Ela participa de uma sessão de treino no Sul do Clouds Swimming Club em Sept.7, 2007.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Abelhas desempregadas

MARCO ROZA

No ajuste continuado da ação, as abelhas começam o dia desempregadas e voltam carregadas de néctar, que transformam em mel

As abelhas começam o dia sempre do zero. Absolutamente desempregadas. Como se não existissem flores ao redor da colméia. Nem néctar. Em vez de se desesperarem, elas se espalham pelo campo de maneira organizada.
Em busca de flores e néctar. Assim que uma delas encontra flores (e néctar), retorna para as proximidades do apiário e inicia uma dança típica de abelhas. É um bailado que é proporcional à quantidade estimada de flores e néctar encontrados.

A mensagem se espalha rapidamente. As suas coleguinhas abelhinhas diligentemente se distribuem em torno das que dançam as melhores oportunidades de trazer néctar para casa. O dia começa a ser ganho. Este relato está no livro “The Wisdom of the Hive” (A sabedoria do apiário), de Thomas Seeley.

Sem crachá, sem a obrigação diária de agüentar chefes inoperantes, somos livres como as abelhas. Muitas vezes não aproveitamos essa liberdade para estabelecer uma ação que aumente nossa chance de sucesso, ou de avaliação de nosso fracasso, e perdemos dias enviando currículos aleatoriamente, nos concentrando em promessas vagas de antigos colegas de trabalho e roendo a auto-estima.

As abelhas estabelecem um plano e agem. Como se não existissem flores. Todos os dias. Com esse ajuste fino, que aqui fora, desempregado, temos a oportunidade de colocar em prática, acredito que aumentaríamos, em muito, nossa probabilidade de acerto.

As abelhas querem néctar. Nós queremos trabalho. Do néctar, elas fazem mel. Do trabalho, faremos renda.

Simples.
Desde que, além do sonho, dos projetos e das discussões em mesas de bar, tenhamos uma prática consistente. Decidir se queremos reconquistar um novo crachá ou construir nossa própria vaga no mercado. E após a escolha do caminho, iniciar a caminhada.

Ao contrário das abelhas, que agem em conjunto, somos desempregados solitários. Mas temos entre os dois olhos, as duas orelhas e nossa boca, um cérebro processador de oportunidades, tremendamente mais ágil que qualquer colméia que conhecemos.

Nada nos impede de transformar nossos cinco sentidos em abelhas poderosíssimas. Atentas a todas as nuances. Buscando tudo que se encaixa em nosso projeto (e nossa ação) de transformar oportunidade em trabalho. E, do trabalho, arrancar nosso sustento.

As abelhas agem primeiro. Durante o processo da ação se mantém atentas à realidade, às flores (e ao seu néctar) e ajustam continuamente seu empenho a cada oportunidade percebida. Não perdem tempo bailando em torno de flores belas e vazias. Falam a verdade para as coleguinhas quando encontram flores vazias.

No ajuste continuado da ação, elas começam o dia desempregadas e voltam carregadas de néctar.

Está desempregado? Recupere a agenda de ontem. Qual foi a ação concreta que você realizou a favor da busca de seu trabalho e renda? Não vale falar que mandou 20 currículos para pessoas que nunca viu mais preto (ou branco). Se na sua agenda começar a constar a agenda de pesquisar o setor econômico que conhece mais, de prospectar oportunidades em ambientes que ainda não conhece, de desenhar e conceituar para terceiros o imenso potencial que você tem, talvez você esteja agindo, em vez de ter apenas uma boa desculpa.

Como as abelhas, temos um poderoso estômago que precisa ser regularmente preenchido.

Mais do que elas, apesar de sermos almas solitárias, temos o imenso potencial de acessar o mundo inteiro através dos mais diversos canais de comunicação. Temos a palavra, nossa alma inteira nos alimentando de sabedorias ancestrais.

Mesmo em nosso cantinho, somos a melhor amostra do universo. O que olhamos, cheiramos, ouvimos e percebemos se transformam em vida e no processo de se reproduzir terá sempre um espaço para nós.

Mas temos de saltar para uma dessas zilhões de novas oportunidades que só são percebidas com a ação. Vamos, pois, imitar as abelhas. Ajustar continuamente nossas ações para aumentar nossas chances de encontrar trabalho e renda.

MARCO ROZA
É jornalista. Trabalhou na Folha de São Paulo, Folha da Tarde, Notícias Populares, Jornal da Tarde, Diário do Grande ABC e DCI. Em Londres, trabalhou para o Central Office of Information, órgão de divulgação do governo inglês. É diretor da Marco Direto Marketing - MDM, e se especializou em Marketing da Diferença®, em que pesquisa para seus clientes como agregar ou ressaltar as diferenças que são percebidas pelos consumidores.

marcoroza@mdm.com.br
Tel: 0800-11-1239
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nunca mais é editado pela W11 Editores
Tel: (011-3812-3812

Garrafa isca

Procedimentos para a fabricação de Iscas-PET para abelhas silvestresÇ

Dilemas e desafios da meliponicultura na agricultura familiar

A meliponicultura ou criação racional de abelhas nativas, em particular das abelhas-sem-ferrão, é freqüentemente mencionada como uma atividade viável para a agricultura familiar em decorrência, principalmente, dos baixos custos envolvidos na criação destas abelhas e do elevado valor de mercado do mel, principal produto comercializado. Apesar de seu potencial, a meliponicultura é ainda uma atividade incipiente, com pouca ou nenhuma expressão no orçamento familiar dos agricultores brasileiros.



Há, no entanto, um esforço crescente no sentido de consolidar a meliponicultura como empreendimento rural. Este esforço depende do atendimento de alguns pressupostos comuns a várias outras atividades que se tornaram fontes alternativas de renda na agricultura familiar.

Um deles é a organização dos agricultores com o objetivo de ganhar escala de produção, buscar nichos de mercado e agregar valor aos produtos e serviços oferecidos. Apesar das inúmeras experiências desastrosas, há exemplos de sucesso demonstrando que a organização em associações e cooperativas aumenta a visibilidade dos agricultores perante os órgãos governamentais e não-governamentais, auxilia na identificação de demandas, bem como na busca por soluções.

O segundo pressuposto refere-se à capacitação dos agricultores. Não basta, todavia, capacitá-los somente nos aspectos relacionados à criação. É preciso investir em outros temas, como a formação de parcerias comerciais, administração de recursos e legislação. Além disto, para atender de forma satisfatória às novas exigências de quantidade, qualidade e gestão, será necessário, também, inserir tecnologias. Felizmente, os trabalhos coordenados pela Embrapa Amazônia Oriental, Universidade Federal do Acre (UFAC),Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Inpa e várias outras instituições vêm demonstrando que é possível tecnicizar a meliponicultura sem necessidade de grandes investimentos adicionais. Há, também, as soluções tecnológicas encontradas pelos próprios agricultores, geralmente pouco conhecidas e divulgadas no meio científico.

Apesar das várias instituições de pesquisas envolvidas, há ainda uma série de lacunas a serem preenchidas, entre as quais se destacam:

a) as plantas efetivamente polinizadas pelas abelhas nativas;

b) possibilidade de criação em caixas de outras espécies de abelhas, além das tradicionalmente utilizadas como uruçu, jandaíra, jataí e canudo;

c) eficiência da captura dos ninhos por métodos não-destrutivos;

d) propriedades físico-química, microbiológica, sensorial e medicinal dos produtos derivados destas abelhas;

e) estratégias de marketing a serem utilizadas com o intuito de promover o uso do mel como alimento (e não somente como remédio);

f) possíveis oportunidades de mercado e avaliação financeira da atividade; g) inúmeros problemas de identificação taxonômica, exigindo a intervenção de especialistas;

h) principais inimigos naturais e a melhor forma de combatê-los;

i) potencial de ampliação da produtividade das colônias por meio de técnicas de melhoramento genético.

É preciso, portanto, haver maior investimento em pesquisa e também na formação de boas parcerias, a fim de alinhar o conhecimento técnico com o conhecimento empírico do agricultor, gerando e adaptando tecnologias que atendam as demandas da agricultura familiar.

Considerando que as parcerias, geralmente, são constituídas por partes com culturas contrastantes, é possível que haja conflitos, principalmente nos casos que envolvem acordos comerciais. Uma forma de contornar esta situação é o envolvimento de mediadores, como as organizações não-governamentais, capazes de promover a justa repartição dos benefícios, o equilíbrio nas relações de poder, e, conseqüentemente, o estabelecimento de parcerias sólidas e éticas.

A possibilidade de acesso ao crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ou de cooperativas de crédito rural representa, também, outro importante pressuposto. Todavia, independente da origem deste crédito, é essencial que o agricultor seja bem orientado, particularmente, aquele que está acessando este tipo de recurso pela primeira vez.

É importante ressaltar, também, a necessidade de regularização da atividade perante os órgãos fiscalizadores. Atualmente, o uso e manejo de abelhas-sem-ferrão são regulamentados pela Instrução Normativa nº 169, de 20 de fevereiro de 2008, publicada pelo Ibama. Há, também, a Resolução Conama nº 346, de 16 de agosto de 2004, que trata da utilização das abelhas silvestres nativas, bem como da implantação de meliponários. A publicação desta Resolução ocorreu no DOU nº 158, de 17/08/2004, página 70.

O regulamento federal que trata da inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal encontra-se em revisão pelo Ministério da Agricultura. A expectativa é que sejam incluídos os produtos derivados das abelhas-sem-ferrão (mel, pólen, própolis e cerume – mistura de cera e resina). O Estado do Amazonas estabeleceu recentemente normas para a produção artesanal (até 4.000 kg por ano) e comercialização de mel e outros produtos derivados destas abelhas (Lei Ordinária 3.245/2008, de 8 de abril de 2008).

De modo geral, as normas existentes são complexas e difíceis de serem atendidas. Conseqüentemente, a grande maioria dos meliponicultores continua operando na ilegalidade. Para obter uma legislação mais prática, realista e de baixo custo, é fundamental o envolvimento mais ativo dos agricultores nas negociações (e não somente das autoridades e dos técnicos). Como não é possível envolver todos neste processo, torna-se imprescindível a participação de, pelo menos, seus representantes, o que remete à questão inicial – a importância da organização dos agricultores familiares.

AUTORIA

Patrícia Maria Drumond
Bióloga, Pós-doctor em entomologia
Pesquisadora da
Embrapa Acre


Links referenciados

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
www.pronaf.gov.br

Universidade Federal do Maranhão
www.ufma.br

Instrução Normativa nº 169
www.ibama.gov.br/sisbio/legislacao.php?i
d_arq=39

Universidade Federal do Acre
www.ufac.br

Embrapa Amazônia Oriental
www.cpatu.embrapa.br

Resolução Conama nº 346
www.mma.gov.br/port/conama/res/res04/res
34604.xml

Patrícia Maria Drumond
patricia@cpafac.embrapa.br

Embrapa Acre
www.cpafac.embrapa.br

Embrapa
www.embrapa.br

Conama
www.mma.gov.br/conama

Inpa
www.inpa.gov.br

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Meliponicultura

Vídeo do Dr. Paulo Nogueira Neto
MELIPONICULTURA

Os termos aqui definidos são aqueles considerados particularmente importantes para a divulgação dos nossos conhecimentos sobre a criação de abelhas indígenas e o seu manejo.

Abelha africanizada: No ano de 1956 foram trazidas da África para o Brasil, algumas abelhas Apis mellifera scutellata, conhecidas como abelha africana. Estas abelhas apresentaram uma capacidade excepcional de enxameagem e cruzamento com as outras espécies de Apis, provenientes da Europa trazidas anteriormente pelos colonizadores. Estas eram mansas e mesmo produzindo pouco mel, eram criadas em todo Território Nacional. Como as abelhas resultantes desse cruzamento eram agressivas, elas ficaram sendo conhecidas como abelhas africanizadas. Hoje, após quase cinqüenta anos do inicio da sua dispersão, elas são, geneticamente, quase totalmente africanas.

Abelha necrófaga: algumas poucas espécies de meliponíneos obtêm as proteínas de que necessitam de animais já mortos. Essas abelhas regurgitam sobre as carnes e vísceras certas secreções que as digerem, tornando-as mais facilmente assimiláveis. Algumas abelhas são necrófagas facultativas, ou seja, também se alimentam de pólen e néctar.
Alimentação artificial: é oferecida em ocasiões especiais, quando a colônia está fraca com pouca cria ou pouco alimento. Essa alimentação pode ser de xarope de água e açúcar, que é também a mais comum, de cândi, e ainda de rapadura picadinha.

Âmbar: é uma resina fóssil encontrada principalmente na atual República Dominicana. Muitas destas resinas contém fósseis de abelhas, outros insetos e pequenos animais vertebrados, além de estruturas vegetais, que estão muito bem conservados.

Apicultura: é a criação de abelhas Apis, as que possuem ferrão e que encontramos comumente nas cidades andando sobre sorvetes derretidos, sucos adocicados e refrigerantes, além de no açúcar de pães e doces de confeitarias e padarias.

Apicultura migratória: Quando a criação das abelhas Apis ocorre num mesmo local, significa que existem floradas suficientes para a sua manutenção. Quando esse fato não ocorre, como nas monoculturas, onde a florada é expressiva, mas por um curto período de tempo, então, o apicultor realiza o deslocamento do apiário (migração) ou parte dele para locais com floradas onde as abelhas possam coletar pólen e néctar.

Armadilha contra forídeos: as armadilhas têm a finalidade de capturar os forídeos, que são moscas pequenas, ligeiras, que botam ovos principalmente nos potes de pólen das abelhas, sendo prejudiciais aos ninhos das abelhas. As armadilhas mais comuns, externamente ao meliponário, são confeccionadas com garrafas de plástico, com alguns furos nas suas paredes, e que permitem a passagem destas moscas. Uma pequena quantidade de vinagre no seu interior é que atrai as fêmeas destas moscas pelo odor. Dentro da garrafa as moscas não conseguem mais sair pelos pequenos buracos por onde entraram e acabam morrendo. Armadilhas menores, com o mesmo processo são colocadas dentro dos ninhos quando muito infestados.

Atividade antibacteriana: uma das propriedades dos méis de abelhas é a sua capacidade de inibir bactérias que estão no seu interior, ou externamente, quando estas bactérias entram em contato com os méis. O valor da capacidade antibacteriana dos méis é variável de acordo com o mel, a espécie de abelha que o produziu, a florada de onde ele provém, da cepa da bactéria testada e também da quantidade de colônias de bactérias que estão sendo colocadas em contato com os méis. Vários fatores contribuem para esse poder inibitório, desde o tipo de néctar até a espécie de abelha, que com suas enzimas, manipula e fabrica o mel.

Barro: também conhecida por argila, são materiais encontrados na natureza e muito usados por certas espécies de meliponíneos como as Partamona spp (boca de sapo) e as Melipona. São usados em vedação e na confecção e ornamentação da entrada do ninho das abelhas.

Batume: geoprópolis

Batume crivado: o batume, que é formado de barro e resina, pode apresentar pequenos canais ou orifícios que servem à ventilação dos ninhos. Crivado significa perfurado.

Bioma: a maior categoria de habitat de uma região particular do mundo tais como uma tundra, ou uma floresta amazônica.

Cabaça: frutos ocos e secos de uma Cucurbutaceae, família de plantas onde também encontramos as abóboras e morangas. Naturalmente, algumas abelhas nidificam no seu interior. No nordeste é conhecida como cuité.

Cabos de cerume: são estruturas construídas pelas abelhas que servem de suporte ou pilares para ligar e fixar favos de cria, células em cacho, potes, etc. Na abelha mirim-guaçu, que não constrói invólucro, os favos ficam sustentados por uma rede de cabos de cerume.

Célula real: são células maiores, construídas para criação de rainhas como definição geral, entretanto, em algumas espécies, ocasionalmente, machos gigantes eclodem destas células.

Células em cacho: quando as células de cria se apresentam pouco distanciadas, com poucas áreas em comum, e aparência de um cacho de uvas.

Caça-forídeos: armadilha de forídeos

Câmaras de aprisionamento: diversas espécies de Trigonini mantêm rainhas virgens prisioneiras, dentro de estruturas especiais que podem ter sido especialmente construídas com essa finalidade. Para essa mesma finalidade, também podem ser usados potes vazios de alimento.

Câmaras reais: câmaras de aprisionamento

Campeira: as operárias constituem a casta que realiza a quase totalidade dos trabalhos que devem ser feitos para a manutenção do ninho. As abelhas campeiras são as abelhas coletoras de alimento, como o pólen e o néctar, e de produtos para o ninho como barro, resina, etc. É atividade realizada pelas abelhas mais velhas.

Cândi: alimentação artifical que consta de aproximadamente 3 partes, em peso, de mel de Apis, mais 5 partes, em peso, de açúcar em pó, misturados até se obter uma consistência firme. São oferecidos em pequenos recipientes de plástico dentro do ninho. Têm a vantagem que as abelhas não se afogam como pode acontecer nos xaropes.

Cera pura: nos meliponíneos, assim como em outras abelhas, a cera é produzida em glândulas localizadas no abdômen. Nas Apis essas glândulas são ventrais enquanto nos meliponíneos elas são dorsais.

Cerume: quando a cera pura é misturada com resina, que as abelhas coletam nas plantas, essa substância recebe o nome de cerume, que é a materia-base na construção de todas as estruturas físicas do ninho de meliponíneos.

Coleta de alimento: o ninho das abelhas precisa de alimentos para crescer e se manter. Esses alimentos são coletados nas flores como o pólen e o néctar. As abelhas campeiras transportam os alimentos no papo e na corbícula (estrutura côncava do último par de pernas)

Colméias racionais: é o nome dado as colméias de abelhas que foram confeccionadas pelo homem, freqüentemente de tabuas de madeira, com diversos compartimentos. Possuem diferentes graus de complexidade, dependendo do seu idealizador. As colméias mais comuns são as horizontais.

Colônia: é o nome dado para a população de abelhas que vivem em um mesmo ninho.

Concentração de açúcares: referente a quantidade de açúcar diluído em algum líquido. No caso dos méis de Apis, a concentração de açúcares é em torno de 80% enquanto que na abelha jataí (Tetragonica angustula) o mel é mais aguado, e essa concentração é em torno de 75%.

Corbícula: local onde as abelhas transportam principalmente pólen, mas também resina e barro, formado por uma franja de pêlos nas tíbias (pernas) posteriores.

Cortiço: nome dado à colméia pouco elaborada, ou mesmo troncos de árvores com ninhos de abelhas no seu interior.

Cupinzeiros: termiteiros: são os ninhos dos cupins, insetos sociais que ocasionalmente dividem a estrutura física do seu ninho aéreo com os ninhos de algumas espécies de meliponíneos. Algumas abelhas sempre fazem esse consórcio com cupins enquanto outras espécies são ocasionais.

Depósito de cera pura: as placas de cera pura, que é como são fabricadas pelas abelhas, são depositadas em pequenos aglomerados, geralmente bem visíveis em partes do invólucro.

Depósito de resina: algumas espécies de meliponíneos armazenam grande quantidade de resinas, ou própolis, que elas coletaram em plantas e que ficam bem visíveis quando nas paredes das caixas. Podem ter formato globóide nas abelhas jataís. As abelhas moça branca ou marmelada armazenam grande quantidade de resinas.

Depósito de lixo: são locais dentro da colméia onde as abelhas armazenam, temporariamente, pequenas quantidades de detritos. Os pólens que já foram digeridos pelas abelhas, restos de abelhas, etc são encontrados nesses depósitos. Eles são mais visíveis após vários dias de chuva, quando as abelhas não podem jogá-los fora.

Distância de vôo: é a distância que as abelhas conseguem voar para as coletas. Abelhas maiores em tamanho conseguem voar maiores distâncias que as menores, entretanto, todas coletam nas proximidades do ninho quando o alimento está disponível.

Divisão de trabalho: as abelhas realizam uma determinada seqüência de trabalho, de acordo com a idade do indivíduo. Começam trabalhando nas células de cria e terminam como coletoras. Quando necessário, há uma adaptação da função.

Ecossistema: os organismos vivendo em um ambiente particular, como por exemplo, um lago ou uma floresta, ou numa escala maior, um oceano ou todo o planeta, e toda parte física do ambiente que atua sobre estes organismos.

Entrada: é a parte externa do tubo de entrada dos ninhos de meliponíneos e que podem apresentar algumas estruturas morfológica típicas que identificam as abelhas. Assim a maioria das melíponas tem na porta estrias de barro. As duas espécies de jataí que ocorrem no Brasil apresentam um tubo de cera de alguns centímetros com pequenos furinhos.

Enxame: conjunto de abelhas de uma mesma espécie, que se reúnem para migrar ou para acasalar.

Enxameagem: nos meliponíneos, a enxameagem está relacionada com o processo de fundação de um novo ninho. A ligação entre o ninho filho e o ninho mãe, com transferência de material, permanece por vários dias.

Espécies generalistas: é um conceito associado com abelhas que coletam em uma grande diversidade de flores.

Espécies nativas: são as espécies típicas do local, que nasceram na localidade. As que não são introduzidas de outros locais ou país.

Estufas: construção ou estrutura usada para manter a temperatura. Ninhos de abelhas subterrâneas ou de ambientes mais quentes só sobrevivem se colocados em estufas. Em laboratórios são caixas de madeira com resistência e termostato para regular a temperatura.

Exoinvólucro: em torno dos favos de cria existem invólucros que são lamelas de cerume. As lamelas mais externas são denominadas de exoinvólucro.

Favos de cria: são os locais onde estão agrupadas as células de cria, que é o local onde se desenvolvem as abelhas, desde ovo até adulto. Os favos podem ter disposição horizontal, helicoidal, em forma de cachos ou ainda, mais raro, vertical.

Ferroada: a maioria das abelhas possui ferrão que usam principalmente para se defender. Os meliponíneos possuem um ferrão atrofiado e se defendem enroscando nos pêlos, depositando resina e mesmo cortando com auxílio das mandíbulas, a pele do intruso em locais delicados como pálpebras e entre os dedos.

Fezes: tudo que os animais expelem do corpo por vias naturais.

Fonte de alimentos: são os locais onde são disponibilizados o pólen e o néctar, as principais fontes de alimento das abelhas.

Forídeos: são insetos que pertencem à Ordem dos Dípteros, da qual também fazem parte as moscas, mosquitos etc. Estas mosquinhas, também conhecidas como mosca ligeira ou vinagreiras, são os piores inimigos das abelhas. As suas larvas quando se desenvolvem dentro de um ninho causam grandes danos e chegam a destruir não só os alimentos como também os favos de cria, com todas as suas abelhas em estágios imaturos.

Frutose: é um dos açúcares encontrado nos méis das abelhas.

Geoprópolis: é a mistura de barro ou argilas com resinas. Podem se apresentar misturados fina ou grosseiramente. Podem conter outras substâncias. Usados pelas abelhas principalmente para delimitar espaços.

Glicose: glucose: é um dos açúcares encontrado nos méis das abelhas.

Gorar os ovos: é a expressão usada para esclarecer que os ovos não irão mais se desenvolver. Quando um favo de cria com ovos sofrer algum tranco ou inclinação, os ovos não irão se desenvolver e as operárias destruirão esse favo, ou as células danificadas.

Grãos de pólen: são os elementos masculinos das flores, responsáveis pela formação de sementes e frutos. As abelhas coletam o pólen porque é uma fonte rica de proteínas.

Habitat: local de vida de um organismo ou população, com as características ecológicas do ambiente.

Hábitos anti-higiênicos: são os hábitos que possuem certas abelhas de visitarem excrementos de animais e coletarem esse material.
Inquilinos dos ninhos: são pequenos animais como besouros que vivem como hóspedes dos ninhos e provavelmente se alimentam dos detritos.

Invólucro: são as lamelas de cerume que existem ao redor das células de cria. Servem como isolante térmico. Algumas espécies de abelhas não constroem invólucros, ou possuem apenas algumas poucas lamelas em determinadas épocas do ano.

Mel: é uma substância produzida pelas abelhas e outros insetos sociais a partir do néctar das flores ou de outras secreções açucaradas, que elas coletam e transformam através da evaporação da água e da adição de enzimas. O mel é composto, em sua maior parte (99%) de água e açúcares. O 1% restante é constituído de substâncias presentes em quantidades diminutas, mas que são importantes para a caracterização do mel, tais como enzimas, sais minerais, etc. Os principais açúcares são sacarose, glicose, frutose e maltose.

Mel fermentado: os méis possuem determinada taxa de água no seu conteúdo. Se essa taxa for excessiva, as leveduras contidas nos méis irão se reproduzir e fermentarão o mel provocando reações químicas que resultarão em odor especial. Os méis de Apis não podem conter mais que 20-21% de água, pois correm o risco de fermentar.

Mel medicinal: São méis com propriedades terapêuticas. Poucos trabalhos de pesquisa existem nessa área, mas a medicina popular menciona que os méis possuem as propriedades medicinais das plantas onde eles foram colhidos.

Méis tóxicos: são méis mal manipulados ou com substâncias que acarretam distúrbios neurológicos e intestinais nas pessoas que os ingerem. Parece que méis de determinadas abelhas ou que vivem perto de determinadas plantas possuem a características de serem perigosos.

Melato: é o produto resultante da colheita e desidratação de certas substâncias adocicadas que as abelhas coletam. Essas substâncias são as produzidas por insetos que sugam a seiva das plantas. Às vezes, a desidratação é feita no próprio local das coletas, ao ar livre e não dentro do ninho como é mais comum.

Meliponíneos: são as abelhas indígenas sem ferrão. São animais sociais vivendo em ninhos com centenas a milhares de indivíduos. Vivem nas zonas tropicais do mundo e estão sendo consideradas com enorme potencial para a polinização das plantas nativas.

Meliponicultura: é a criação de abelhas sem ferrão. . Sua criação está associada com as espécies que fabricam e armazenam maior quantidade de mel. As abelhas Melipona são as prediletas.

Membracídeos: insetos da ordem Homóptera, que sugam a seiva das plantas e expelem substância açucarada aproveitada por formigas, vespas e abelhas.

Microorganismos: seres microscópicos, animal ou vegetal.

Nectários: estruturas glândulares vegetais, geralmente situadas nas flores, que secretam o néctar, substância adocicada muito procurada por animais como fonte de açúcares. Existem também nectários extraflorais.

Polinização: transporte do grão de pólen de uma antera para o estigma de outra flor. Esse transporte pode ser feito pelo vento, água, ou animais, entre os quais se distingue uma multidão de insetos, principalmente as abelhas.

Potes de alimento: são construções geralmente de formato ovóide ou cilíndrico feitas pelos meliponíneos para armazenar mel e pólen. As Apis armazenam estes alimentos em favos.

Pilhagem: o furto ou pilhagem ocorre entre ninhos de abelhas principalmente quando uma delas está muito fraca e com pequena população. Entretanto, algumas poucas espécies de abelhas vivem exclusivamente do furto de outras espécies. É o caso da Lestrimelitta, também conhecida como abelha limão ou iratim. Esta espécie pode pilhar o mesmo ninho em ocasiões diferentes. O seu nome está associado com o odor de limão que libera por ocasião dos ataques ou quando permanece presa entre os dedos.

Própolis: resina

Propriedades bacteriostáticas: é a propriedade que determinados méis possuem de inibir o desenvolvimento de certas cepas de bactérias. Quando cessa a ação, as bactérias, se não danificadas, se desenvolvem novamente, ou seja, se multiplicam.

Propriedades bactericidas: é a propriedade que determinados méis possuem de eliminar totalmente, certas cepas de bactérias.

Rainhas virgens: são as rainhas que ainda não foram fecundadas.

Rapadura: substância resultante do processo de aquecimento do suco da cana-de-açúcar. É aceita como alimento suplementar por algumas espécies de abelhas.

Resinas vegetais: secreções viscosas que exudam do caule e de outros órgãos de certas plantas, e que contém substâncias odoríferas, anti-sépticas, etc., as quais cicatrizam rapidamente qualquer ferida em tais órgãos assumindo aspecto vítreo.

Samora ou saburá: é o pólen já modificado ou trabalhado e armazenado pelos meliponíneos em potes de alimento específicos.

Saques: ato ou efeito de tirar. Nos meliponíneos, algumas espécies efetuam saques, ou seja, roubam outros ninhos de abelhas.

Trocoblasto: camada constituída apenas pelos fundos das células de cria. Geralmente são destruídos após o nascimento das abelhas, porém, em mirim-guaçu é muito comum vê-los empilhado ao lado do favo novo.

Túnel de ingresso: os ninhos das abelhas apresentam uma abertura, que comunica o interior com o exterior do ninho. Na parte interna, em muitas abelhas existe um tubo que pode terminar nos invólucros dos favos de cria como na abelha urucu-boi.

Ventilação dos ninhos: os ninhos de meliponíneos podem conter um batume crivado, ou seja, com pequenos furinhos, que servem para ventilar o seu interior. Nos ninhos aéreos de uma jataí que ocorre no Estado do Acre existe um “respiradouro”, estrutura da parte superior do ninho aéreo e que aumenta ou diminui os seus poros de acordo com a temperatura.

Vôo nupcial: vôo que as abelhas realizam por ocasião do acasalamento

Xarope de água e açúcar: mistura com volume de aproximadamente 50% de cada componente, usado como suplemento alimentar das abelhas.