Chico Borrego era o fiel motorista do ex-prefeito de Mossoró, Raimundo Soares de Souza, de quem era amigo e compadre. Era uma pessoa bastante querida e bem-vinda nas rodas de amigos em tradicionais bares e restaurantes da cidade. Tinha um espírito que difundia alegria e descontração, sendo admirado por todos que o conheciam.
Em suas peregrinações etílicas eram muitas as piadas que contava. Era um mestre na arte de narrá-las, sua interpretação era digna de um grande humorista. Gostava de contar alguns “causos” que ele dizia ter vivenciado.
Tive o prazer de conhecê-lo e ouvir algumas de suas piadas e “causos”.
Uma certa feita, quando trabalhava no BANDERN, no intervalo para o almoço, passei no conhecido bar de Seu Chiquinho (de saudosa memória), na GRUTA AZUL. Lá estava o protagonista deste relato: Chico Borrego em pessoa, contado das suas. Empolguei-me tanto que quase perdia o horário.
Lembro-me de umas das suas. Contava ele que um amigo havia recomendado comer uma “mão de vaca” (também conhecida como chambaril ou mocotó) que era muito boa para melhorar o desempenho sexual de qualquer um. É bom lembrar que nesta época não havia o famoso Viagra, no máximo era usado o PASUMA (metil-testosterona) que certo gerente do BANDERN usava, para manter sua fama de garanhão.
Dizia Borrego que falou para sua senhora preparar a iguaria e aguardar, ou melhor também, se preparar para uma “folia” como nunca haviam feito.
Depois de comer com avidez e um certo exagero no “tutano” do mocotó, foi acometido de uma indisposição que lá pras bandas de Caraúbas dizia-se que a comida havia “caído na fraqueza”. Foi quando disse para mulher que ia tirar uma soneca e quando acordasse ela se prepara-se para o rebu.
Deitou-se ele numa rede, armada por cima da cama, ficando a sua senhora por baixo, na cama, deitada a sua espera.
Neste ínterim, depois de algum tempo, ele acorda e bate no ombro da mulher para chamar sua atenção. Ela animada pergunta:
- É agora?
Ele responde:
- Que nada mulher! Eu estou é todo cagado.
O remédio deu um revertério deixando-os na mão.
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