Capacidade de orientação das abelhas

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A abelha possui dois tipos de olhos, dois grandes olhos com postos e três peque nos oce­los na parte supe rior da cabeça.

Os três pequenos olhos (ocelos) percebem a intensidade, a duração da ação da luz, mas não detecta uma imagem nítida.

No crepúsculo os ocelos determinam o grau de escurecimento sucessivo, prevendo suas idas e vindas nas proximidades da colméia. Nos ocelos funcionam também estímulos para um bom funcionamento do sistema nervoso da abelha.

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detalhe desenho, para números 2 e 3 respectivamente olho com posto e ocelo

Os olhos com pos tos são os principais órgãos da visão, cada olho é composto por muitas lentes (conjunto de pontos lado a lado) , chamadas de omatídios.

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Existem cerca de quatro mil omatídios no olho composto da rainha, cinco mil na operária e oito mil no zangão.

O olho composto das abelhas distingue cores que o olho humano não distingue. O olho da abelha consegue perceber 300 imagens por segundo, e o humano somente cerca de 20 a 30 imagens por segundo.

As abelhas de mel tem atração pelas flores de formas mais complexas do que as flores de formas mais simples, são atrai das para as que balançam ao vento ao invés das que permanecem imóveis, segundo Ted Hoo per, citado em seu livro Guia do apicultor.

Existe muito estudo de como funciona o olho do inseto e aquilo que ele vê, sugere-se que cada omatídio (pequena lente do olho com posto) vê um único ponto de luz colorida e que estes pontos constroem uma imagem. É da mesma forma que se vê uma ilustração aumentada no papel.

A abelha melífera possui um bom sentido da cor, detecta um espectro visível quase da mesma extensão do que o humano, mas deslocando no sentido dos ultravioletas, per­dendo a extremidade vermelha do nosso espéctro.

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A abelha melífera é capaz de distinguir pequenas diferenças nas frequências da luz , espe­cialmente nas áreas do violeta e do verde azulado onde conseguem distinguir diferenças significativas que o o olho humano não percebe. Na região do amerelo a percepção é muito fraca, sendo mais per ceptível para o homem.

Sabe-se que a abelha consegue ver a luz polarizada, capacidade que é utilizada na orien­tação, utilizando a posição do sol, como ponto de referência para sua dança de indicação do alimento.

Ela não precisa ver o Sol , utiliza o esquema de polarização no céu (como nos dias nubla­dos) ,que esta diretamente relacionado com a posição do Sol, essa detecção é percebida nas frequências ultravioletas, que tem maior penetração da atmosfera e facilmente detec­tada pelo espéctro de luz da abelha.

Fon tes:

Cognitive Architecture of a MIni-Brain: the Honey bee. Randolph Menzel e Martin Giufa, em Trends CSci en cies, vol. 5, pag 62-71, 2001.

Apicul tura, Jean-Prost, Ed Mundi Prensa, Espanha, 1989.

Guia do apicul tor, Ted Hoo per, Ed Euro a gro, 1986.

http://radarrural.com.br/?p=1435

matéria Zootec Moisés Anthero/set 2010