Seja bem vindo, caro visitante.

Aqui você é livre para opinar, concordar ou discordar, dar sugestões e criticar. Todos tem o direito de expressar suas opiniões, só não esperem que eu concorde, pois o homem é livre para tomar suas decisões, seguir caminhos, pensar e falar ou não o que acha correto, consciente que também pode estar errado.

Este BLOG foi criado para publicar meus devaneios, idiossincrasias, quimeras, sonhos, paixões, gostos e desgostos, desapontamentos e esperanças, além de compartilhar com meus amigos, o que espero fazer ainda na vida, antes que "embarque na grande viagem".


Bem-vindo ao meu BLOG.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Abelhas desempregadas

MARCO ROZA

No ajuste continuado da ação, as abelhas começam o dia desempregadas e voltam carregadas de néctar, que transformam em mel

As abelhas começam o dia sempre do zero. Absolutamente desempregadas. Como se não existissem flores ao redor da colméia. Nem néctar. Em vez de se desesperarem, elas se espalham pelo campo de maneira organizada.
Em busca de flores e néctar. Assim que uma delas encontra flores (e néctar), retorna para as proximidades do apiário e inicia uma dança típica de abelhas. É um bailado que é proporcional à quantidade estimada de flores e néctar encontrados.

A mensagem se espalha rapidamente. As suas coleguinhas abelhinhas diligentemente se distribuem em torno das que dançam as melhores oportunidades de trazer néctar para casa. O dia começa a ser ganho. Este relato está no livro “The Wisdom of the Hive” (A sabedoria do apiário), de Thomas Seeley.

Sem crachá, sem a obrigação diária de agüentar chefes inoperantes, somos livres como as abelhas. Muitas vezes não aproveitamos essa liberdade para estabelecer uma ação que aumente nossa chance de sucesso, ou de avaliação de nosso fracasso, e perdemos dias enviando currículos aleatoriamente, nos concentrando em promessas vagas de antigos colegas de trabalho e roendo a auto-estima.

As abelhas estabelecem um plano e agem. Como se não existissem flores. Todos os dias. Com esse ajuste fino, que aqui fora, desempregado, temos a oportunidade de colocar em prática, acredito que aumentaríamos, em muito, nossa probabilidade de acerto.

As abelhas querem néctar. Nós queremos trabalho. Do néctar, elas fazem mel. Do trabalho, faremos renda.

Simples.
Desde que, além do sonho, dos projetos e das discussões em mesas de bar, tenhamos uma prática consistente. Decidir se queremos reconquistar um novo crachá ou construir nossa própria vaga no mercado. E após a escolha do caminho, iniciar a caminhada.

Ao contrário das abelhas, que agem em conjunto, somos desempregados solitários. Mas temos entre os dois olhos, as duas orelhas e nossa boca, um cérebro processador de oportunidades, tremendamente mais ágil que qualquer colméia que conhecemos.

Nada nos impede de transformar nossos cinco sentidos em abelhas poderosíssimas. Atentas a todas as nuances. Buscando tudo que se encaixa em nosso projeto (e nossa ação) de transformar oportunidade em trabalho. E, do trabalho, arrancar nosso sustento.

As abelhas agem primeiro. Durante o processo da ação se mantém atentas à realidade, às flores (e ao seu néctar) e ajustam continuamente seu empenho a cada oportunidade percebida. Não perdem tempo bailando em torno de flores belas e vazias. Falam a verdade para as coleguinhas quando encontram flores vazias.

No ajuste continuado da ação, elas começam o dia desempregadas e voltam carregadas de néctar.

Está desempregado? Recupere a agenda de ontem. Qual foi a ação concreta que você realizou a favor da busca de seu trabalho e renda? Não vale falar que mandou 20 currículos para pessoas que nunca viu mais preto (ou branco). Se na sua agenda começar a constar a agenda de pesquisar o setor econômico que conhece mais, de prospectar oportunidades em ambientes que ainda não conhece, de desenhar e conceituar para terceiros o imenso potencial que você tem, talvez você esteja agindo, em vez de ter apenas uma boa desculpa.

Como as abelhas, temos um poderoso estômago que precisa ser regularmente preenchido.

Mais do que elas, apesar de sermos almas solitárias, temos o imenso potencial de acessar o mundo inteiro através dos mais diversos canais de comunicação. Temos a palavra, nossa alma inteira nos alimentando de sabedorias ancestrais.

Mesmo em nosso cantinho, somos a melhor amostra do universo. O que olhamos, cheiramos, ouvimos e percebemos se transformam em vida e no processo de se reproduzir terá sempre um espaço para nós.

Mas temos de saltar para uma dessas zilhões de novas oportunidades que só são percebidas com a ação. Vamos, pois, imitar as abelhas. Ajustar continuamente nossas ações para aumentar nossas chances de encontrar trabalho e renda.

MARCO ROZA
É jornalista. Trabalhou na Folha de São Paulo, Folha da Tarde, Notícias Populares, Jornal da Tarde, Diário do Grande ABC e DCI. Em Londres, trabalhou para o Central Office of Information, órgão de divulgação do governo inglês. É diretor da Marco Direto Marketing - MDM, e se especializou em Marketing da Diferença®, em que pesquisa para seus clientes como agregar ou ressaltar as diferenças que são percebidas pelos consumidores.

marcoroza@mdm.com.br
Tel: 0800-11-1239
Procurar emprego
nunca mais é editado pela W11 Editores
Tel: (011-3812-3812

2 comentários:

  1. Custei a entender porque você escolheu este texto meu para seu blog. Vi, depois, que você cria abelhas sem ferrão.
    E como é o mel que elas produzem? Semelhante ao das abelhas com ferrão? Esta história que recolhi do“The Wisdom of the Hive” (A sabedoria do apiário), de Thomas Seeley faz sentido para você, um criador de abelhas? Visite meu novo site: www.consumidorpopular.com.br

    ResponderExcluir
  2. Caro Marco:

    Faz algum tempo que li este seu artigo. Tinha guardado comigo até que me lembrei dele, pois se relaciona ao meu principal hobby, o estudo e a criação de Abelhas Sem Ferrão. Então o publiquei para que meus colegas pudessem também conhecê-lo.

    Existem mais de 20 mil espécies de abelhas conhecidas. Dentre elas as APIS MELÍFERAS (com ferrão) e as nativas ou indígenas (sem ferrão).

    A principal diferença encontrada entre os dois tipos de mel está na acidez. O mel da abelha sem ferrão tem maior quantidade de água, é um mel mais diluído e isso provoca uma maior ação da enzima glicose oxidase. Essa enzima vai produzir uma maior quantidade de ácido.

    O mel produzido pelas abelhas sem ferrão contém os nutrientes básicos necessários à saúde, como açúcares, proteínas, vitaminas e gordura. Esse mel possui, também, uma elevada atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos em várias regiões do País.

    Além de fonte de alimento e remédio, o mel produzido pelas abelhas sem ferrão representa, em algumas regiões, uma importante fonte de renda. Na Região Nordeste, onde a meliponicultura é mais praticada, são encontrados produtores (ou meliponicultores) com até 1.500 ninhos de abelhas, e que sobrevivem, basicamente, do comércio do mel. Alguns meliponicultores conseguem coletar de 5 a 8 litros de mel/colônia/ano, o que, segundo os especialistas na área, está muito abaixo do potencial de produção das abelhas sem ferrão. O preço, porém, é compensador. Um litro de mel de abelha sem ferrão é vendido por R$ 40,00 no Nordeste, podendo alcançar até R$ 100,00 na Região Sudeste do País. Como os custos para a criação são baixos, a meliponicultura permite a produção de um alimento barato, com um forte apelo comercial.

    São, de um modo geral, abelhas bastante dóceis e de fácil manejo. Por isso, dispensam o uso de roupas e equipamentos de proteção tais como macacão, luvas, máscaras e fumegadores, reduzindo os custos de sua criação e permitindo que essas abelhas sejam mantidas perto de residências e/ou de criações de animais domésticos. Além disso, por não exigir força física e/ou prolongada dedicação ao seu manejo, a criação de abelhas sem ferrão pode ser facilmente executada por jovens e idosos.

    Estima-se que, só no Brasil, existam mais de 200 espécies de abelhas sem ferrão. As mais promissoras em termos de produção de mel são as espécies do gênero Melipona, conhecidas popularmente como mandaçaia (nome científico, Melipona quadrifasciata), jandaíra nordestina (Melipona subnitida), uruçu-cinza ou uruçu-cinzenta (Melipona fasciculata), uruçu-amarela (Melipona rufiventris), uruçu-do-nordeste (Melipona scutellaris), entre outras.

    Espero ter despertado sua curiosidade sobre estas "meninas" que nos apaixonam à primeira vista. O assunto é vasto. Temos mais de 1.000 criadores que se encontram "virtualmente" na internet, onde trocamos nossas experiências e conhecimento.

    Temos ainda algumas associações de criadores espalhadas por este imenso país, onde são realizados encontros periódicos. Aí mesmo em São Paulo existe uma delas.

    Parabéns pelo seu site e pelo seu artigo.

    Um grande abraço,

    Luiz Carlos Rubim
    Natal-RN

    ResponderExcluir