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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Meliponicultura, criação de abelhas nativas sem ferrão

AS ABELHAS SEM FERRÃO

Tradução livre de: http://api.ning.com/files/8M4kUDkSZlV7iUg2aIvl0qqoLlPb2WYOrvW*KDfESBwFpy5mImdOkfGY7iLPJMg1WqZoeVEZWoGMPhCoHitrPUCO-leVTRAA/MeliponiculturaCrianzadeAbejasNativas.pdf


As abelhas sem ferrão são abelhas sociais ou meliponídeos da subfamília Meliponinae, que vivem em colônias permanentes, como as abelhas européias (Apis mellifera). Eles são um grupo de abelhas nativas na América do Sul, Ásia Central, África e Oceania.

(Meliponídeos: Família de insetos himenópteros representada pelas abelhas sociais encontradas tipicamente nas regiões tropicais do mundo. São conhecidas como abelhas indígenas, ou abelhas sem ferrão, por terem esse apêndice muito atrofiado.)

Há mais de 500 espécies de abelhas sem ferrão, variando em tamanho de 2 milímetros de comprimento, no gênero Trigona, até até 2 cm nas Meliponas, um comprimento semelhante ao das abelhas europeias (Apis mellifera).

As abelhas sem ferrão possuem diferentes comportamentos e adaptações que lhes permitem se reproduzirem e se desenvolverem, sobre extremas condições ambientais, em florestas secas na região. Elas nidificam em cavidades que encontram disponíveis (buracos em árvores ou paredes, ninhos abandonados de outros seres vivos ou insetos), e em locais expostos. A entrada do ninho é característica de cada espécie: pode ser desde um tubo reto, até um orifício onde só cabe um abelha.

Abelhas que não ferroam

Essas abelhas são caracterizadas por terem um ferrão atrofiado (não funcional) e, portanto, não ferroam. No entanto, embora estas abelhas não ferroem por não possuir ferrão, possuem mecanismos de defesa: mordidas, segregação de substâncias cáusticas e irritantes para os olhos e orelhas, etc

MELIPONICULTURA

É a atividade de criação de abelhas sem ferrão, ou meliponas, é denominada Meliponicultura. Algumas regiões da América Latina tem uma importante tradição nesta atividade, como é o caso do noroeste brasileiro, a península de Yucatan (México) e outros países da América Central, onde grande parte dos conhecimentos tradicionais - muitos das quais remontam aos tempos pré-hispânicos - foram preservados, junto com as populações de abelhas, apesar da influência de fatores culturais, ambientais e econômicos adversos.

Em cada região há espécies de abelhas sem ferrão adaptadas às condições locais e do potencial para seu aproveitamento. A produção de mel varia de acordo com a espécie de abelha e época do ano em que coincide com a floração da diferentes espécies de plantas nas florestas secas do Equador e Peru. Há abelhas nativas produtoras de pólen como a Trigona spp, abelhas produtoras de mel e pólen como a Geotrigona spp. Abelhas facilmente domesticáveis como a Scaptotrigona spp. E a Melipona spp que estão altamente ameaçada pela introdução natural no continente americano das abelhas africanizadas que concorrem por espaço e alimento com as abelhas nativas.

MEL DE OURO

O mel destas abelhas são geralmente,

mas líquido que o da Apis mellifera,

cristaliza menos, tem uma utilização

maior para fins medicinais

que alimentícios. A produção em quilos,

por colméias é 4 o 5 vezes menor que

das abelhas do gênero Apis. Embora não

tenha um mercado consolidado, todos

concordam que o mel destas abelhas valem

muito mas que o de Apis Mellifera.

Alguns dizem que vale 3 vezes mas,

outros 10 a 12 vezes e até 50 vezes mas.

A Apicultura é a atividade agropecuaria que trata da criação das abelhas Apis mellifera.

A Meliponicultura trata da criação de as abelhas sem ferrão o meliponídeos. Os meliponídeos estão classificados em três tribos: Meliponini, Trigonini e Lestrimelitini.

PRODUTOS E SERVIÇOS DAS ABELHAS SEM FERRÃO

A meliponicultura se caracteriza por ser uma atividade economicamente viável, muito simples e de fácil execução e manutenção, tanto no perímetro urbano quanto no campo. Algunas de suas vantagens são:

· Baixo custo de execução, manutenção, equipamentos e insumos. Pode-se começar obtendo-se colméias diretamente do seu habitat para posteriormente, multiplicar-se em cativeiro; requier poucas ferramentas para manejo e pode-se utilizar materiais locais para a construção de colméias e meliponários;

· Baixo investimento em tempo e mão de obra; o cuidado do meliponário pode ser realizado por qualquer membro da família;

· Fonte de renda complementar que interage com outras atividades produtivas;

· Docilidade e fácil manejo. As colméias podem próximo a casa sem nenhum risco;

· Preserva o ambiente, além de prestar serviços ao agroecosistema através

da polinização, e

· Produtos reconhecidos, com grande procura local e preço elevado.

Um potencial muito importante da meliponicultura é sua utilização na polinização direcionada a cultivos.

Alguns benefícios agronomicos da polinização incluem, entre outros, o melhoramento da qualidade dos frutos e incremento a produção. As abelhas em ferrão contam com diversas vantagens que as tornam mais procuradas para seu uso na polinização de algumas culturas, dentre as quais se destacam: a) sua capacidade de trabalharem sob condições adversas sem representar riscos para os operários; b) as rainhas fecundadas não podem voar, de modo que não se presenta a enxameção evasiva (estratégia utilizada pelas abelhas africanizadas para abandonar o local onde está estabelecido o seu ninho e migrar para outro lugar, em resposta e condições ambientais adversas ou a qualquer coisa que ameace a sobrevivência da colônia, e c) são resistentes aos parasitas e enfermidades que atacam a Apis mellifera.

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DAS ABELHAS SEM FERRÃO

Devido a sua biodiversidade, sua grande abundância nas florestas tropicais e por ação que co-evolucionaram com a vegetação local desde o Período Cretáceo, as abelhas sem ferrão são imprescindíveis para a polinização de vários ecossistemas tropicais, como as matas secas. Devido a seu comportamento espécifico de pousar na flor enquanto vibram os músculos sem mover as asas, as espécies do gênero Melipona são importantes para a polinização e conservação de certas árvores e plantas indígenas que somente assim podem ser polinizadas e propagadas.

A introdução das abelhas européias nos países da América teve um efeito negativo quanto a sobrevivência das abelhas nativas ou meliponídeos já que competem em muitas ocasiões diretamente pelo néctar e pólen de uma mesma família de plantas. Estes efeitos negativos foi intensificado com a invasão no nosso ecosssistema das abelhas africanas que ao cruzarom as abelhas européias deu origem a um híbrido muito agressivo que se adapta a todo tipo de meio-ambiente e obtem sua alimentação de uma maior número de espécies vegetais.

REVALORIZAÇÃO DA MELIPONICULTURA NO NORTE PERUANO

No Peru o aproveitamento dos produtos que produzem estas abelhas se dá desde épocas pré-incaicas, os mochicas (civilização Moche) utilizavam seu mel para tratar certas afecções estomacais e oculares como a catarata, tratamento pós-parto das mulhes e como alimento. Foi a partir da introdução da abelha européia pelos espanhóis que começaram a deixar de lado o consumo do mel de meliponídeos. Recentemente os meliponídeos tem sido revalorizados como eficientes agentes polinizadores de plantas autóctones (Dicionário Aurélio: “Que é oriundo de terra onde se encontra, sem resultar de imigração ou importação”) e portanto estão na lista de fundamentais na propagação e conservação de espécies vegetais.

O mel que produzem os meliponídeos é conhecido no Peru como “mel de pau” e sua produção continua hoje em dia somente em algumas zonas da selma e costa norte peruana. Atualmente os meliponídeos são criados racionalmente (me caixas especiais ou colméias) em algumas zonas da região de San Martin e Junín. Em outras regiões do Perú seu aproveitamento só se dá de uma maneira irracional, já que para se obter o mel, muitas vezes, destóem as árvores nas quais vivem estes insetos.

No Peru tem-se publicado pela primeira vez sua criação racional na região de Tumbes e Lambayeque, porém os meliponicultores (assim se conhecem as pessoas que se dedicam a sua criação racional) atravessam um série de dificuldades econômidas que ameaçãm a conservação destas abelhas e suas matas. Eles precisam capacitar mais habitantes para ensiná-los o manejo racional destas abelhas e fazê-los entender a importância que desempenham estas abelhas na conservação da vegetação da matas secas. E que existe uma relação de interdependência muto estreita entre uma e outra espécie (inseto e vegetal) que se pode medir o grau de desordem num ecossistema em fazer somente um registro das espécies de meliponídeos que se encontram nesse ambiente. Ao desaparecer uma espécie de meliponídeos, desaparece uma especie vegeral, já que muitas vezes algumas plantas só tem um só tipo de polinizador que permite produzir suas sementes. Da mesma maneira se deseparecem de um ecossistema alguma espécie de planta, devido ao corte indiscriminado, estas abelhas se acham sem seu alimento principal – o néctar e o pólen – e terminal por extinguir-se. Por isso a capacitação da população das comunidades das matas e das regiões de Lambayeque, Piura e Tumbes é crucial para deter o corte indiscriminado de que são objeto as alfarrobas (Prosopis juliflora), huarangos (Prosopis limensis), hualtacos (Loxopterigium huasango) e outras espécies que fornecem alimentos a estas abelhas que depois o convertem em mel. Outro elemento importante a considerar na prática da meliponicultura é o alto preço que chega a alcançar este mel – entre S/. 30.0 e S/. 40.0 (Sol Novo é a moeda oficioal do Peru – S/.) o litro – e considerando que algumas espécies de meliponas podem produzir até 15 litros ao ano por colméia, o aumento do ingresso habitante se torna sumamente atrativo.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

- LEISA Revista de Agroecología, vol. 21Número 3. Animales menores: un gran valor.

- Aguilar Monge, Ingrid. El Potencial de las Abejas Nativas Sin Aguijón (Apidae: Meliponinae) en los

Sistemas Agroforestales.

- Lau C., Jose Alberto. La revalorización de la meliponicultura en el norte peruano.

(yuinmeng@yahoo.com)

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